A Insustentável Risada do Ser

Ela trabalha na loja de castanhas
É alta, gorda e tem peitos enormes
Com os quais alimenta o segundo filho
Que nasceu há poucos meses.

Nos encontramos na praça de alimentação
Onde conheci a moça do teatro
Que hoje é vendedora
E ela não fez cena comigo
Combinamos o encontro para um vinho.

Três dias depois, véspera de feriado
Eu a recebi em casa
Conversamos e bebemos
A garrafa estava na metade
Quando parti para o ataque.

Tirei a sua roupa
E trepamos no sofá
Inicialmente papai e mamãe
Mas as gordas suam muito
Então a virei de bruços.

Quando aumentei o ritmo
Escutei risadas insustentáveis
Julguei que fosse louca
Ou algo assim
Talvez um fetiche por circos
E eu fosse um palhaço
Ignorei e gozei.

Voltamos à bebida
Quando me disse que o motivo do riso
Era pois quando eu a fodia
O leite materno jorrava
De seus enormes peitos.

Após alguns dias
Mariana perguntou se eu queria comer novamente
Uma grande castanha
Eu ri, ela é espirituosa;
E nos encontramos mais uma vez
Para aquele que seria o derradeiro encontro.

Desta vez, whisky
Pois no feriado eu havia passado mal
Efeito do vinho
E tido uma percepção revelação
Que mudou o meu destino.

No sofá novamente
Quando a virei de bruços
Direcionei o pau na sua bunda
E comi o seu traseiro
Que não ofereceu nenhuma resistência.

Os peitos vazaram
Inundando o sofá com o líquido maternal
Gozei no seu rabo
Enquanto ela gemia forte
Mas desta vez sem risadas
Porque é deveras difícil
Rir enquanto se é sodomizada.

Abandonada

Deise havia lido um conto
Segunda de manhã, no metrô
A caminho do trabalho
E não pôde conter a expectativa
Para nos conhecermos a noite.
Sem muitas opções, arrisquei
Sugerindo a minha casa
Ela se mostrou reticente
E fez questão de dizer
Que não estava acostumada a isso.
No caminho, quis saber do chimarrão
Mas na minha casa
A bebida disponível é whisky;
Eu já estava bebendo quando ela chegou
E deixou de lado o suco
Para me acompanhar no Red Label.
Após algum tempo conversando
Ela fumava quando me aproximei
Então a beijei
Tirei seus óculos e sua roupa
Trepamos no sofá.
Repetimos a dose
Tanto do whisky,
Quanto da trepada
Ela foi embora antes da meia-noite
E eu dormi como um bebê após mamar.
Deise disse que gostou:
Da foda,
Do meu pau,
Da minha escrita;
Desejava muito virar um conto
Ser inesquecível para alguém
E ter novas oportunidades comigo.
Nos encontramos uma vez mais
Ela ficou para dormir
Já havíamos trepado duas vezes
E de madrugada
Deise gemia na cama
Era impossível relaxar!
Então com ereção plena
Na escuridão total
Eu a fodi com violência.

O noivo a abandonou antes do casamento
Bem como um sujeito no primeiro encontro;
Sarcástico, fiz uma brincadeira
Dizendo que agora fora abandonada na cama também
Pois tive de deixá-la sozinha
Incapaz de dormir com a sua gemeção.
No dia seguinte, ela me conta
Que estava no vizinho ex-namorado
Bebendo Black Label
E que o sujeito dormia de conchinha.

As mulheres sabem se vingar, pensei.
E é justo dizer
Que fiquei com saudades:
Johnnie Walker doze anos
E, depois disso, nunca mais a vi.
Sei que fui duro
Literal e figuradamente
Mas às vezes temos de sê-lo
Com quem vive no mundo das ideias
E idealiza relações
Afinal, o ideal jamais será o real
E Deise não atingiu seu objetivo de virar um conto.

Ficha Número Um

Ela me disse que não trepava há dois anos e meio
A responsável pelo celibato foi uma decepção
Fiquei surpreso
Pois se tratava de uma italiana atraente
Com seus 42 anos
E corpo estilo Bridget Jones.

Ao tocá-la pela primeira vez
Percebi que não estava brincando
E com o efeito da falta de sexo
Ela gozou antes de ser penetrada,
Apenas com carícias e beijos suaves pelo corpo.

Fernanda tremeu e gritou
Como alguém tendo um ataque epilético
E explodiu num gozo colossal;
Contive o riso
Mas isso, na verdade, foi um aviso
Pois na semana seguinte
Meu prédio explodiu
Fruto de uma vizinha suicida.

Ela é esquerdista,
Romântica
E não acredita que a Petrobras foi saqueada
Talvez as coisas estejam relacionadas
Pois em ambos os casos
É preciso uma dose cavalar de ingenuidade.

Nos encontramos mais algumas vezes
Ela disse que era a minha ficha número um
Para quando eu quiser trepar;
E me pareceu apropriado e justo
Ter sempre três fichas
E trocá-las com o tempo.

Fernanda se apegou
E disse ser muito idiota por se apaixonar
Por um tipo como eu
Que trocava de mulher
Como quem troca de roupa.

Disse que me amava
E sofria com isso
No dramático estilo italiano;
Decidimos não nos ver mais
Mas ela me procurou para uma despedida:
O oitavo e derradeiro encontro.

À noite, antes de dormir
Depois de dois anos e meio
Da última vez que nos vimos
Achei a foto seminua
De macacão da Petrobras
Fiquei excitado de pau duro
E homenageei a ficha número um.

O Número Cinco


No Dirty Old Man nos conhecemos
Domingo gelado de julho
E chovia
Pedi uma dose de Johnnie Walker com gelo
Ela, uma cerveja.

Pâmela não estava brincando
Quando disse que pretendia perder dez quilos
Gordinha classe três:
Três doses para fazer o serviço.

No meu sofá, quando tirei o seu vestido
Ela me perguntou se poderíamos ficar só abraçados
Estava nervosa
Mas com jeitinho
Tirei toda sua roupa.

Comecei a comê-la sem convicção
Ela, tensa, não conseguia relaxar
E ficava preocupada com a camisinha
Parecendo uma puta iniciante.

Terminado o serviço
Bebi outra dose
Pâmela me contou do casamento fracassado
E que eu tinha sido o número cinco.

Cinco é o número de homens
Que muitas mulheres trepam por semana
Às vezes por dia - para as profissionais e entusiastas
Mas cinco é toda a vida de seus 31 anos
E eu tive uma performance sofrível.

Nos meses seguintes,
Ela manteve contato
Curtia todas as minhas coisas,
Lia os meus contos
E ouvia as minhas histórias com outras mulheres
Louca por uma nova trepada
Com o seu homem número cinco.

Estar no Mundo

Às vezes na vida Tudo que você precisa São versos Ou notas musicais Que te levam Ao esquecimento Do sentimento De não mais poder ser. Às ve...