Era uma terça chuvosa de outono,
Feriado do trabalhador,
quando nos conhecemos.
E a bebida do deus Dionísio
a companhia de uma tarde melancólica.
Trabalhamos plenamente
por doze horas no meu sofá.
Na segunda taça de vinho
nos beijamos intensamente:
a euforia!
Flávia tem quase 40,
corpo de menina,
e não sabe se pode doar sangue.
Ela é pequena, mas incomoda
segundo sua própria descrição.
Na terça seguinte, whisky
e trepamos novamente três vezes.
Na última, tantricamente, não gozei
Pois cansado, parei:
a saciedade!
No dia dos namorados,
Flávia, que estava sumida, reaparece
dizendo que deseja me ver;
Eu lhe contei da teoria dos três encontros
ela quase chorou, mas pagou para ver.
Porque três encontros são o ideal
Na moderna arte da paquera casual:
A euforia, a saciedade e a despedida.
Um improvável quarto encontro
É deveras perigoso.
Novamente numa terça
No derradeiro encontro,
trepamos uma única vez
Que valeu por três:
a despedida!
E eu que quase gostei dela,
e eu que quase dormi com ela,
quase rombi o limite do envolvimento
e eu que quase dormi com ela,
quase rombi o limite do envolvimento
Mas um desentendimento
sinal de perigosa intimidade
Foi o ponto final
no nosso clássico casual.
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