Poema de Sete Mariannas

Quando nasci, um anjo arteiro Desses que vivem fazendo arte Disse: vai, papai! ter uma ideia na vida. As casas espiam os bebês que correm atrás de diversão. A pracinha talvez fosse limpa, não houvesse tantos cachorros. No carrinho vejo um monte de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, mamãe, pergunta meu coração. Porém meus olhos Vislumbram a pracinha mais próxima. A babá atrás dos óculos é séria, simples e forte. Quase não brinca. Tem poucos, raros brinquedos. A babá atrás dos óculos e do batom. Mamãe, por que cortaste o cordão se sabias que ali era quentinho, se sabias que eu queria ficar mais um pouquinho. Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Matilda Mafalda seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa pracinha mas esse balanço botam a gente cansada como o soneca.

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